JIM
2012Seduzido pela força da poética de Jim Morrison, um dos ícones mais irreverentes da década de 1960, e pelo seu disco póstumo American Prayer, o coreógrafo Paulo Ribeiro deixou-se conduzir pelas palavras e pela espiritualidade do músico, para reflectir sobre o lugar de cada indivíduo na relação com o mundo e sobre o lugar da dança. Cúmplice de Morrison, mas emancipado no jogo dos corpos, Paulo Ribeiro contraria o que chama de aniquilamento interior, faz a apologia do colectivo e semeia alguns acidentes benévolos.
JIM reivindica para a dança o lugar de sempre: o de não deixar morrer a capacidade que existe dentro de cada um de se transformar e a responsabilidade de se assumir como motor da sociedade e de se colocar nos interstícios de uma humanidade que tem de mudar.
Dedicado a Bernardo Sassetti