Sem um tu não pode haver um eu
2013Sem um tu não pode haver um eu parte do universo do realizador sueco Ingmar Bergman para desenhar um mapa afectivo onde há mais entrega do que posse. Assiste-se à dança de um coração em carne viva. Um eu que quer conjugar a segunda pessoa do singular, como quem diz “sou tu, também tu” mais do que “sou teu”. Um corpo que, de tão vivo, joga xadrez com a morte.
O coreógrafo transforma-se num sismógrafo de tremores emocionais, revelando amor, ódio, angústia, dilemas conjugais, lutas interiores e desmoronamentos. No final, uma catarse que ilumina. O choro que irrompe, como orvalho ao amanhecer.