Sábado 2
1995Uma obra que vive da repressão da energia sexual e da sua confrontação com a fantasia romântica e religiosa que só encontra “redenção” numa espécie de sacrifício de automutilação.
Sábado 2 é essencialmente egoísta: o outro existe para dar corpo às nossas fantasias; compadecemo-nos a pensar que sofremos de amor, mas não passa de imaginação e convenção social. O texto surge para dar relevo ao estereótipo das convenções sociais, à banalidade da palavra e até dos sentimentos, quase sempre fugazes e virtuais.
Uma peça que tenta explorar o turbilhão vazio do indivíduo virado essencialmente para si próprio, tomando a ligação com o divino como uma espécie de energia redentora.